domingo, 8 de fevereiro de 2009

Intriga, mistério, suspense

Ainda pensava no telefonema de Richard. A sua voz era de comando. Nunca ele tinha descurado nenhuma informação, nunca se negou a uma solicitação. Nem Pêpê sabia porquê, no entanto, a verdade é que Richard sempre o tinha visitado desde o jardim-de-infância ao colégio. E tanto quanto sabia, era Richard quem lhe pagava os estudos superiores. Helène, a quem ele carinhosamente chamava mamã, apesar de saber que a sua mãe tinha morrido no parto, pouco lhe falava de Richard e desviava todas as conversas em que ele o mencionava, mas tinha sido por ela que sabia dos pagamentos da universidade. Naquele dia, Richard ligou-lhe e pouco mais terá dito que, Pepê, toma atenção a Andrea. Intrigou-o, mas não teve coragem de lhe perguntar porquê. A aura de Richard não o permitia questioná-lo. Não, não era uma minudência, efectivamente. Mas como é que Richard sabia do seu conhecimento com Andrea?

Andrea, apenas estava à espera do toque da campainha para sair com Pêpê. O cheiro da chuva lá fora e a vontade de ter uma companhia para beber um puro malte conjugavam-se para uma noite agradável. Talvez se embriagasse, talvez não. Teria de contactar Margarida, mas não sabia ainda como o fazer. E apesar de Pêpê ser um grande amigo ainda o considerava imaturo para se abrir com ele. Ah se tivesse ido jantar com Ruben… Não! Pensou em voz alta. Pêpê era a companhia ideal para a ajudar a afogar esta angústia.

E desta vez é justo que se diga que o narrador não introduziu àpartes que, apesar de embrulharem a história, proporcionam complicados exercícios de compreensão aos seus leitores. Hoje, se repararam bem, nem Andrea pensou em espanhol.

3 comentários:

  1. Sim, e por que Richard sentia-se com obrigações em relação a Pêpê? Por que não dizer nada a ele? Qual o problema dele estar com Andrea? Ainda bem que não fez mais divagações... :)

    bjs

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  2. Começa a estar um pouco embrulhado para a minha compreensão. Mas isso é mais aliciante, porque tenho que puxar pelo bestunto. Obrigada. Beijos.

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  3. Ai, ai, ai... tanta gente ao mesmo tempo! O meu neurónio está a queixar-se!! :)Beijos

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